domingo, 8 de fevereiro de 2015

Um Domingo Perfeito...

Acordar às 05:00 da manhã de um domingo pode ser, para muitos, um massacre, uma tortura… Acredite, há momentos em que para mim também o é… Mas com o tempo a gente começa a tentar encontrar um consolo. Hoje, particularmente agora à noite, encontrei não apenas este consolo, mas uma motivação, um estímulo… Eis o fato: acordei às 05:00 com Beatriz. Hoje Gabriel perdeu a hora e acordou às 05:30! Quando me aproximo do berço, ainda na penumbra, meus olhos encontram aquele olhar que, sabemos, está à sua procura. A certeza de que eu era esperada veio estampada em um sorriso banguela que derreteu meu coração de tal forma que me fez acreditar que eu havia dormido 12 horas seguidas! De repente o grito: MAMÃE!!! VEM!!! Era o príncipe, que após encher o tanque com seu leitinho juntou-se a nós. Por fim, próximo das 07:00, arrastando seus inseparáveis paninhos, acordou a primogênita, com seu cabelo despenteado realçando ainda mais sua beleza matinal ímpar.
Comemos e fomos passear… Deixei Beatriz com a babá e fui andar de bicicleta com a dupla. Colhemos araçás, acerolas, amoras… E por fim retornamos para casa onde uma sala completamente bagunçada suplicava organização. Tiramos o dia para arrumar os brinquedos! Quero dizer, eu tirei, pois eles conseguiam bagunçar ainda mais o que parecia impossível! Com um sol castigante e um calor insuportável, fomos para a piscina. A dupla logo se animou! Regras definidas, pegamos novamente a bicicleta, que mais parece um transporte coletivo, e fomos alimentar sorrisos e construir lembranças. Voltamos e encontramos uma miúda faminta! Enquanto alimentava minha pequena, a dupla subiu para tomar banho. Papai já preparava o churrasco que seria nosso almoço. À tarde continuamos na infrutífera tentativa de arrumar os brinquedos… A esta altura, os marujos já tinham abandonado o navio e eu estava sozinha tentando pelo menos coloca-los nas caixas. Foi quando Gabriel, utilizando todo seu charme, pediu sua tesourinha para cortar as folhinhas do pé de acerola (como o jardineiro faz). Relutei. Mas ele insistiu. E eu, naquela ânsia de me livrar de menino atrapalhando o meu serviço, cedi. Fiquei de olho! Das duas ou três vezes que eu olhei, eles realmente estavam aparando a planta. Ele entrou de novo. Pediu um picolé. Dei. foram chupar no jardim. "Mamãe, limpa minha barriguinha!", gritou o anjo. Encontro um protótipo de porquinho já todo molhado tentando se limpar sozinho. Foi quando percebi a arte… Ali estava! Embelezando ainda mais aquele rosto, uma janela no cabelo de Gabriel! Meu Deus, eu só pensava nas fotos do aniversário e na que teremos que tirar para o visto. Foi quando ouvi a babá dizer: Sophia cortou também! Olha aqui! Quando cheguei no pé de acerola, um tapete dourado, de cachos e mais cachos, movimentava-se embalado pela brisa. No caso dela, não nota-se muito pois ela não cortou na raiz como Gabriel fez, mas o estrago também foi grande!
Cai a noite… E às 18:00, após um banho morno e uma mamada, Beatriz sucumbe ao sono. Vou para nosso quarto brincar com a duplinha. Muitas gargalhadas depois, solto o comando: Colocar pijaminha, escovar dentinho, ler estorinha e… DORMIR! Eles completam com os olhos transparecendo a alegria de um dia perfeito. Gabriel sequer escutou a estória. Nocaute. Dois já foram, falta uma! Já aconchegada em meus braços, sussurro em seu ouvido a declaração diária: EU TE AMO, MINHA PRINCESA. A resposta derreteu meu coração e encheu de lágrimas os meus olhos: Eu também, Mamãe. Amo você e toda nossa família! Pode me acordar amanhã novamente às 05:00?!?!

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