sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A Difícil Arte da Paciência

Dos muitos desafios que a maternidade tem, acredito que o maior deles é manter a calma diante de situações adversas…
Sophia tem testado, diariamente, TODOS os meus limites. E Gabriel, sombra que é, muitas vezes copia Ipsis Litteris suas malcriações. O "X" da questão, para mim, está na eterna dúvida de não saber o que é da idade, o que é birra, o que é ciúmes - considerando que estamos com uma nova princesa em casa - e o que é gênio mesmo… Eu tento sempre levar o conflito na conversa, mas quando ela entra naquela freqüência de choro que invade o cérebro e enlouquece, confesso, é difícil manter a calma. Nesses dias eu simplesmente gostaria de sumir, ficar só por um instante ou por horas… Mas é paradoxal esse sentimento! Grávida de Beatriz, às voltas com os enjoos, experimentei a estranha sensação do silêncio da casa vazia. O que seria um ótimo momento para descansar tornou-se uma inquieta espera, onde o tempo não passava e onde eu já morria de saudade do barulho, da bagunça. É exatamente assim que se processa comigo: a vontade, como a própria palavra traduz, dá e passa. O silêncio da ausência é diferente do silêncio da noite, onde todos dormem, por que sabemos que estão bem ali ao nosso alcance. Eu, como mãe, posso afirmar que o primeiro som mais lindo de um filho é o do choro quando ele nasce; o segundo, suas primeiras palavras, mas o da sua respiração dormindo é algo que faz qualquer mãe suspirar, embora tenha dias que você sinta saudade e tenha até vontade de acorda-los. 
A chegada de Beatriz trouxe algumas regressões à dupla dinâmica. Sophia já pediu para colocar fraldas durante o dia, Gabriel tem falado como um bebê e pedido braço, enfim, é notório que eles estão percebendo que a miúda está "roubando" uma fatia da mãe deles. Tenho me dividido como posso, mas a amamentação não deixa muitas alternativas quando você escolhe exece-la sob livre demanda. Assim, após as mamadas, tenho deixado Bia um pouco com a babá para poder sair para passear com eles pelo condomínio, leva-los à natação, dar o banho deles, contar estórias ou simplesmente ficar dando muito amor e carinho para tentar mostra-los que meu coração expandiu-se para poder dividir-se novamente, desta vez em três porções de igual tamanho.
Percebo que, dedicando um pouco mais de atenção a eles, as birras diminuem, como se eles as usassem para chamar minha atenção, como se fosse mesmo um pedido de ajuda, de socorro. Acontece que nem sempre estamos com a mente descansada e com a visão assim tão nítida para perceber e acabamos explodindo junto com eles, o que, para mim, só piora a situação.
É que junto com a explosão, segundos depois, vem a ressaca do remorso… Principalmente quando seu filho olha para você e diz: "Não fica zangada comigo não, mamãe!" Nestas horas, gostaria de ter um casulo onde pudesse me esconder… Ficar ali esperando minha metamorfose se completar para que saísse dele a mãe perfeita que eu sonhei ser para eles. Mas não sou! Sou simplesmente mãe, mera mortal, cheia de imperfeições, mas que segue confiando que, embora imperfeita, busco dia a dia ser a melhor mãe que consigo. Falhas sempre vão existir, desculpas sempre irei pedir, mas vou seguir neste caminho buscando ser, a melhor mãe que eu puder ser. Se Deus me deu 3 chances, devo lá ter meus méritos! 

Um comentário:

  1. Sigo seu insta há algum tempo...e busco sempre salvar o máximo de informação possível.. porém ainda n conseguir estabelherw para meus filhos uma grade...ou seja por começar a aplicar os estudos que vc aplica a seus filhos... tipo um cronograma ... poderia me dar uma base ... tenho um filho de 2anos e 7 meses ...e um de 8 anos...

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