sábado, 30 de abril de 2016

Mais Famílias!!!

A atmosfera era de alegria e confraternização...
Enquanto as crianças - 11 em sua totalidade - brincavam, nós nos conhecíamos e discutíamos sobre a Educação Domiciliar. Cada família com seu método, mas todos com um mesmo propósito: salvar as mentes dos nossos filhos - e suas almas!
Chega a ser impressionante a intimidade que as crianças constroem em tão pouco tempo... As risadas eram o som que mais enchia o ambiente. Felizes, corriam pela grama, tentavam se equilibrar na Slackline, chupavam picolé, tomavam sorvete... Brinquedos por todas as partes! Um baile na pobre da socialização que, coitada, ficou no escanteio...
Foi assim o nosso primeiro encontro... Já com data para se repetir!
Hoje, conhecemos mais 3 famílias que praticam a Educação Domiciliar com seus filhos. E como foi - e é - maravilhosa essa comunhão!!! Como é maravilhoso poder conversar sobre coisas em comum, sem aquele olhar de espanto ou condenação, sem se sentir um ET.
O saldo deste encontro, que começou pela manhã e entrou pela noite, foram crianças muito felizes, pais cheios de planos e certezas cada dia mais firmes.
Umas das famílias que tivemos o prazer de conhecer hoje pratica ED há 19 anos!!! Com 6 filhos e as portas abertas para tantos mais quantos Deus assim decida enviar, eles são a prova viva de que muito mais que uma obrigação, a educação de nossos filhos é verdadeiramente um mandamento divino.
Se há esperança para nós de um dia trilharmos o caminho para o céu, nossos filhos, sem a menor sombra de dúvidas, foram quem nos conduziram a ela.
Hoje percebi, de maneira clara e indubitável, que todo empenho, tempo e esforço dedicados a esta causa são como sementes que plantamos na esperança de repousarmos na eternidade.
Deito-me combalida pelo cansaço, com a mente em euforia pelo dia maravilhoso, com o coração renovado de esperança e com a fé alimentada.
Por que onde um ou mais estão reunidos em Seu nome, Ele ali está. E, lógico, nesta doce comunhão, assim como na raiz das escolhas destas famílias, a força centrípeta era - e sempre será - Ele!
Louvado Seja!



sexta-feira, 22 de abril de 2016

Maternidade: Uma História de Amor, Perdão e Recomeços

Coração de mãe tem labirintos de sentimentos, esquinas de saudades e encruzilhadas de solidão...
E muitas vezes, imersa nesta solidão de entendimentos, onde é difícil compartilhar e traduzir o medo, a dor e até mesmo a solidão, o coração parece encontrar abrigo apenas n'Ele, nos braços d'Ele, naquele ouvido que escuta e lê teus pensamentos íntimos, que justifica cada um dos teus medos e angústias, que preenche cada pedaço dessa tua solidão...
A maternidade é a mais plena, intensa e perfeita expressão do que é o amor... E, talvez por isso, ou exatamente por isso, é justamente nela que percebemos a necessidade de aprender a exercitar o perdão... 
E esse exercício de perdão passa, sobretudo, pelo nosso próprio perdão...
Perdão pelas vezes que perdemos a paciência;
Perdão pelas vezes que gritamos ou batemos;
Perdão pelas vezes que não conseguimos ser quem gostaríamos, ainda que tenhamos a consciência de que somos o melhor para eles;
Perdão pela displicência de não observar com toda atenção aquele desenho que nosso filho fez;
Perdão pelo não desnecessário, que muitas vezes se esconde em nosso comodismo;
Perdão pela irritação quando, ao final do dia, eles ainda possuem o dobro da energia que nos falta...
Perdão, simplesmente perdão...
Mas a maternidade é esse eterno recomeço, como aquela segunda que sempre marca o início de uma nova dieta, de um novo estilo de vida.
A maternidade está sempre nos dando a opção de uma segunda chance, uma opção de melhorar, de crescer como mãe, como ser humano...
Foi assim comigo, está sendo...
Luto contra meu gênio, contra minha hiperatividade de querer poder fazer tudo que eles precisam e, também, o que gosto...
Luto contra o cansaço ao final do dia, na hora crítica em que ele parece querer me derrubar e que eles parecem ainda estar despertando...
Luto contra a irritação das noites partidas que me deixam eternamente com sono...
Luto contra tudo que me faz, muitas vezes, descontar neles sentimentos e sensações que eles não merecem, que sequer conhecem e que só me entristecem...
Mas eu me apodero do amor de Deus, da Sua graça e do Seu perdão...  E recomeço...
Prometendo seguir lutando para transformar-me em alguém de quem se orgulhem, de quem lembrem com amor, admiração e gratidão...
Olho-me no espelho...
Ainda há sinais de quem um dia eu fui... 
Fecho meus olhos... O reflexo no espelho ainda é o mesmo, com algumas rugas, uns quilos  a mais, algumas cicatrizes no corpo... 
Poderia olhar-me com tristeza pela certeza de que não somos imortais, mas olho-me com orgulho pois quem eu fui está cada dia mais distante, partindo sem deixar nenhuma saudade, renovando-se naqueles e por aqueles que são, sem a menor sombra de dúvidas, os maiores responsáveis pelas curas, mudanças e alegrias de toda minha vida...
Hoje é sexta, mas poderia muito bem ser segunda...
Quem faz o dia e a hora é você! 


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Conhecendo Outra Família que Pratica HS

Este fim de semana conhecemos uma outra família que também pratica HS com seus 3 filhos.
E como foi maravilhoso poder sentar à mesa falando se suas experiências e ouvindo outras sem aquele olhar de espanto, sem aquela crítica por vezes nem sempre discreta...
Apesar dos estilos completamente diferentes na escolha do método, a troca foi enriquecedora em muitos outros aspectos, confirmando as escolhas e desconstruindo mitos que foram alimentados ao longo de muitos anos.
As crianças, de início tímidas, minutos depois já quase derrubavam a casa brincando na sala por causa da chuva. O mito da socialização até que tentou atrapalhar, mas em pouco tempo elas já se tratavam como melhores amigos, deixando o pobre mito desolado.
Foi muito interessante ver e ouvir uma família que pratica a Educação Domiciliar, principalmente para mostrar aos nossos filhos que, assim como eles, outras crianças também estudam em casa.
O dia passou que nem sentimos... E a troca de conhecimentos foi engrandecedora!
Aprendemos, ensinamos... E já temos outro encontro marcado! Desta vez com mais uma família juntando-se a nós.
É interessante ressaltar que este encontro só foi possível graças ao GHEC 2016, pois foi lá que meu esposo teve conhecimento, através da ANED - Associação Nacional de Ensino Domiciliar -, da existência de outras famílias que, como nós, praticam a Educação Domiciliar.
Este foi apenas o primeiro, de muitos encontros que seguirão...
A idéia é criar um grupo que se encontre pelo menos uma vez por mês, fortalecendo o movimento e estreitando os laços.
A semana começa com novo gás, com a alegria de ver que, assim como nós, outras pessoas lutam pelo direito de educar seus filhos em casa. Confirmei minha tese de que o método é escolha de cada família, de acordo com a realidade de cada uma, mas que, no final, a decisão é firmada na preservação da sanidade mental dos filhos...
Com uma mente limpa, eles com certeza saberão escolher o caminho que leva à vida, ainda que este seja o mais difícil, o mais estreito.


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Socialização e Vínculos

Cada dia que passa, mais e mais certezas surgem para reforçar nossa decisão e escolha.
É interessante observar como nosso olhar torna-se mais apurado e perceptivo a determinadas atitudes que, para muitos, passam despercebidas.
No condomínio onde moramos e, no meu caso, em especial na rua onde moro, somos a única família que adotou o HS, o que, para muitos, pode parecer absurdo e destoante.
As pessoas já estão tão engessadas com a idéia de que é preciso enviar os filhos para a escola que, ainda que tenham toda condição e estrutura para educá-los em casa, sequer cogitam esta hipótese.
A questão da socialização é um dos pontos que mais vejo ser questionado, ainda que nossos filhos demonstrem claramente que possuem esta habilidade até melhor do que muita criança criada em creche e escola desde a mais tenra idade.
Outro dia, conversava com meu esposo sobre um ponto que há tempos me chama a atenção e me inquieta. A questão do horário integral obrigatório.
Aqui na região onde moramos as escolas OBRIGAM os pais a deixarem seus filhos em horário integral pelo menos dois dias na semana, ainda que muitos pais se oponham a isto.
Confesso que me pergunto infinitas vezes o que uma criança de três anos faz durante um dia inteiro na escola que justifique esta carga horária. Por que a alfabetização, hoje, só é permitida aos 6 anos.
Se é para brincar, por que passar o dia inteiro? Que atividades extra classe são essas que são necessárias para cumprir o programa de uma sala de maternal?
Aí vem um outro ponto...
Irmãos de diferentes idades são separados nestes dias integrais. Pode parecer algo bobo e banal, mas observe que essas crianças passam a conviver mais com professores e colegas do que com seus pais e irmãos.
Eu observo Sophia e Gabriel... Eles passam o dia INTEIRO juntos, brincam juntos, estudam juntos, tomam banho juntos, dormem juntos, brigam juntos... E vejo como essa relação quase simbiótica que muitos condenam é justamente o que eles mais precisam neste momento. Esse fortalecimento de laços será determinante não apenas para a relação deles entre si, mas para todas as demais. O elo deles é, precisa ser, e sempre será muito mais forte que o deles com qualquer coleguinha ou amigo. 
Hoje percebo que estes afastamentos que a escola trata como questão de organização, como algo aleatório são propositais, com a finalidade de enfraquecer esses laços. Lógico que o amor sempre estará lá, mas essas crianças receberão ordens o dia inteiro de outras pessoas que, em determinados pontos, serão o referencial de autoridade que elas terão. Na relação com os irmãos, a afinidade e a convivência com os colegas de sala podem enfraquecer esse vínculo e, aos poucos, separá-los de maneira "natural" pelos interesses de cada um. 
Hoje, ao olhar para as escolas, sinto uma profunda tristeza... Por que o preço destas escolhas será pago pelos mais inocentes, ainda que essas escolhas venham a produzir males para toda a sociedade... A questão da socialização e dos vínculos é apenas uma das "bondades" travestidas que desde muito cedo começa a macular a pureza destas crianças... A agenda é vasta, com raízes para todos os ramos da natureza destas crianças, mas passa sobretudo pela primeira e mais importante: a destruição da unidade familiar.
Percebo, cada dia que passa, que nossa decisão de dar a eles uma educação clássica, no final, é a cereja do bolo... Por que das diversas razões que embasam esta decisão, a sanidade mental deles está acima de qualquer uma delas! Só mesmo com uma mente limpa de tanta impureza e loucura, eles serão capazes de manter seus corações firmes no amor a Deus e à nossa família.
Que Deus nos abençoe e guarde!





quarta-feira, 13 de abril de 2016

Materiais Interessantes

A escolha do material depende muito da escolha do modelo que se deseja ensinar, mas desenvolver a motricidade, a lógica e o raciocínio é algo que interessa a qualquer abordagem, melhor, é imprescindível!
Gostamos muito de trabalhar com brinquedos educativos de madeira. Temos por aqui algumas peças coringas que passaram de herança de Sophia para Gabriel e deste para Beatriz. Brinquedos que exploram as formas, as cores, os números e as letras...
Uma forma lúdica de aprender brincando. Sentar para entretê-los com estes brinquedos é sinal garantido de aprendizado com diversão.
Começo desde muito cedo a estimulá-los com estes tipos de brinquedos. Alguns são simples, possíveis de reproduzir em outro material, como EVA, por exemplo, que tem um custo bem mais razoável que os de madeira.
Aqui no Brasil temos uma dificuldade enorme de encontrar este tipo de material. Parte pelo preço exorbitante, parte pela pouca oferta mesmo.
Hoje encontrei um que vai simplesmente ENLOUQUECER Gabriel. Um quebra cabeça de Dinossauro, com as peças numeradas. Encontrei no Mercado Livre, com frete grátis e por R$ 25,00.
Eis o achado:

Além deste - que ainda não chegou e que será uma agradável surpresa -, temos também um de animais e um do mapa do Brasil, que eles já montam e desmontam com extrema facilidade. O do mapa, por exemplo, está sendo explorado pelo pai para ensiná-los um pouco de geografia. Sophia, por exemplo, já reconhece as Regiões, a quantidade de Estados em cada uma e suas capitais. O próximo passo é a identificação das bandeiras de cada um. Crianças possuem um certo fascínio e uma enorme habilidade para armazenar. Explorar essa plasticidade cerebral é algo que, por aqui, fazemos sem pena ou remorso!


O dos animais eles receberam de presente, mas vi que é possível encontrá-lo neste link aqui:http://flicbrinquedos.com.br/categorias/brinquedos-em-madeira/quebra-cabeca-bicharada-new-art-toys.html e o do mapa do Brasil eu comprei no site Bazar das Arábias, que tem muitas outras opções interessantes.
Esta semana eu comprei dois com poucas peças, para a idade de +1. Comprei nas Lojas Americanas. São em madeira, com 9 peças cada um. São quatro opções de bichos e cada um custou R$ 19,90. A vantagem que vejo nestes brinquedos é sua durabilidade, além da beleza que enche os olhos de adultos e crianças.
Nem preciso dizer que a miúda só foi ter contato com o presente depois que a dupla o explorou até enjoar dele. Eis os escolhidos:


Seguem outras opções nossas, destes tipos de brinquedos:





Além destes em madeira, gostamos também dos de encaixe de formas, como este que Beatriz já consegue encaixar as mais simples:
Como falei antes, há diversas opções de produtos como estes, mas a grande maioria para ser importada, o que torna inviável a sua compra por aqui. No site da Amazon pode-se ter uma breve idéia - e uma raiva muito grande - da imensa variedade que eles possuem lá nos Estados Unidos por preços justos e até irrisórios. O problema é que, quando convertemos para Real, acrescentamos frete e impostos, a brincadeira fica muito cara. Já se tiver algum portador, vale a pena investir. Olha só o que encontrei por lá com preços que variam de 2 a 30 dólares:



Enfim... Para quem, como nós, gosta da beleza e durabilidade da madeira, resta-nos as opções de procurar pelas promoções aqui no Brasil. Ou apelar para que algum amigo ou familiar se disponha a trazer para você em uma eventual ida à terra do Tio Sam.

Até na Feira!!!

Muito do segredo de estimular o aprendizado está na nossa criatividade. Por isso, minha mente - e a do pai - vive tentando encontrar maneiras de tornar aquele momento de estudo um momento de diversão também.
É verdade que nem sempre isso é possível, mas a vida é exatamente assim e precisamos aprender a suportar o que não gostamos. Se deixarmos nossos filhos fazerem apenas o que gostam ou desejam já podemos prever o resultado que teremos na frente.
Com uma simples mudança no horário (resolveu me tirar uma hora de sono), nossa miúda tem me dado uma canseira imensa. Mas até desta mudança eu tenho tirado vantagem: saio mais cedo para trabalhar, me livro do trânsito e ainda volto mais cedo para os melhores abraços do mundo.
Ontem, contrariando o horário usual, voltei ainda mais cedo para casa, sonhando poder descansar uma horinha apenas...
Mas o carro do marido quebrou e, por conta disso, os meninos não foram apara o Kumon. Levei as tarefas para casa e, o sono previsto, transformou-se em atividades... 
Fui recebida por uma dupla eufórica com a invenção de uma aula prática de alimentos no supermercado. Combalida e sem forças, fui convencida pelo Bullying dos dois:"Mamãe vai perder, mamãe vai perder!!" 
Eles não sabiam com quem estavam mexendo!!!
Arrumei um último suspiro de bateria e fui!
Fui para ver aqueles olhinhos brilhando com cada fruta, verdura, grão que reconheciam em português e em inglês;
Fui para estar perto deles, acompanhar esse processo de ver o conhecimento desabrochar com tamanha naturalidade, espontaneidade e alegria;
Fui para que a miúda também participasse desse momento, ainda que mexendo em tudo que via nas prateleiras ao seu alcance;
Fui - e foi lindo, divertido e maravilhoso.
Para completar o passeio, esticamos para jantar em uma padaria próxima. A logística de quem sai com três crianças para comer exige um limite infinito de paciência. Uma derruba o suco, o outro se mela de sopa, a miúda só que saber de empurrar as cadeiras e tomar suco em copo descartável SOZINHA... Mas até essas saídas são importantes para o processo do aprendizado, estreitando laços, desenvolvendo a capacidade deles de se comportarem em ambientes diferentes e a nossa de fazer reproduzir paciência em PG.
Voltamos para casa para as atividades noturnas: pintar, contar estórias, ouvir uma música mais tranquila e suave... Por aqui tenho optado pelos cds da série de música clássica para bebês, do tipo Bach para bebês, Mozart para bebês e por aí vai.
Nossa meditação, esta semana, até agora foi comprometida pela miúda que simplesmente não quer se separar dos irmãos por nada. Mas sigo na busca do silêncio, tentando ensiná-los a reduzir os ruídos no andar, no falar, no mexer dos móveis e brinquedos... É uma tarefa difícil, que exige muita paciência, empenho e persistência, mas a gente chega lá.
Acho que, afinal, o HS é isso: essa facilidade de transformar tudo em conhecimento, de transformar esse conhecimento em prazer e alegria... De quebra, reforçamos as relações, solidificamos os laços e fortalecemos o amor e a cumplicidade.











sexta-feira, 8 de abril de 2016

Direito, Dever ou Ambos?

Sempre que somos questionados sobre o ensino domiciliar, surgem perguntas sobre a legalidade deste ensino.
Não vou entrar na letra da lei ou nas suas diversas interpretações, mesmo por que não sou jurista ou advogada, mas mantenho firme o meu posicionamento de que é um direito dos pais e, ainda que o Estado opte por criminalizá-lo, seguiremos por aqui na desobediência civil.
Assim, luto e defendo esta opção e prática como um direito sim, nosso e de nossos filhos.
Mas todo direito manifesta uma obrigação, um dever. Este dever é que, a meu ver, tem mais de um ponto de vista...
E eu olho para ele com os olhos da fé, com o olhar de quem busca, cada vez mais, fazer a vontade d'Ele. E educar os filhos é uma responsabilidade ordenada por Deus.
As razões para optar por este tipo de educação são as mais diversas, mas, no nosso caso, todas elas encontram seu ponto de convergência na nossa cosmovisão, na nossa crença e no desejo de que nossos filhos jamais se afastem delas.
Uma das ferramentas que tenho utilizado nesta empreitada são livros preciosíssimos que nos guiam neste caminho ainda pouco conhecido e trilhado. O Teaching The Trivium é um destes. E, à medida que avanço na leitura dele - que em breve sairá em versão traduzida - reafirmo minhas convicções que a educação domiciliar não é opção, mas, verdadeiramente, um dever nosso como pais e, talvez, a única forma de manter a sanidade mental de nossos filhos.
"Estou convencido de que a batalha pelo futuro da humanidade deve ser travada e vencida na sala de aula da escola pública por professores que percebam de forma correta seu papel de proselitismo da nova fé: a religião da humanidade. (...) Os professores devem incorporar a mesma dedicação altruísta dos pregadores fundamentalistas mais fanáticos, pois serão outro tipo de pregadores, utilizando, porém, a sala de aula em vez do púltpito. (...) A sala de aula deverá se tornar - e o fará - a arena do conflito entre o velho e o novo: o corpo em putrefação do cristianismo, com todas as suas misérias e males adjacentes, e a nova fé do humanismo." (Excerto do Livro Teaching The Trivium - Citação do humanista John Dunphy na Humanist Magazine de Jan/Fev 1983)
Citações como esta só nos mostram como esse processo está avançado dentro das escolas. Observe que a citação em questão data de 1983!
O processo vem sendo implantado há anos, de forma tão lenta que as pessoas sequer se dão conta. Aos poucos a autoridade vem sendo gradualmente transferida para o Estado e este tem moldado e ditado o modo de pensar de crianças e jovens. Os resultados, infelizmente, já conseguimos ver e imaginar!
Transcrevo aqui um trecho deste livro fantástico, parte de sua tradução que recebi em PDF por ter participado da campanha para lançamento da versão traduzida. Ressalto, antes, a pergunta que dá nome a este post: E você, o que acha? A Educação Domiciliar é um direito, um dever, ou ambos?
A mim, não resta dúvida! É um direito nosso no plano físico, no plano do direito, mas, sobretudo, é um dever que precisamos honrar para, assim, honrar ao Deus que servimos. 
"O fracasso da família corresponde de forma direta ao crescimento da educação controlada pelo governo. Isso se deve ao fato de Deus pretender que os pais fossem os educadores principais, e de que Ele nunca desejou que o governo fosse educador. Sob o governo de Deus, a educação jamais esteve sob a jurisdição do governo."
" O caminho para destruir a família é separar os filhos dos pais. E o caminho para separar os filhos dos pais é retirar da família a autoridade na educação"
Nossos filhos são a nossa herança, e devem espelhar nossas crenças e valores. Só mesmo avocando uma responsabilidade que sempre foi nossa é que consigo vislumbrar uma mudança nesse quadro quase patológico que se desenha na nossa frente.
"Não foi o Estado que gerou nossos filhos e os deu a nós; não podemos confiar nele para instruí-los e nem devemos deixar que ele os tome de nós."
Se hoje o Estado presume-se deus, só resta-nos perguntar: a que deus estamos servindo... A que deus desejamos servir?!






quinta-feira, 7 de abril de 2016

Resgates

Há quem passe pela maternidade sem experimentar muitas mudanças... E não falo aqui apenas das mudanças físicas, mas sobretudo das espirituais. A forma como algumas pessoas enxergam a chegada de um filho muitas vezes traduz a sua verdade, seja ela bonita ou não.
A maternidade é um privilégio, mais, é uma bênção! Algo que ninguém pode mudar! Ainda que estejamos assistindo à total depravação deste dom, a maternidade SEMPRE pertencerá à mulher, mesmo que a loucura de algumas insista lutar contra a sua própria natureza.
Ao voltar meu olhar para pessoas até bem próximas, resta-me claro como estamos cada dia mais distantes de nossa real vocação, de nossa maior missão. Fazer este resgate não é apenas importante, é sobretudo necessário!
Para que esse resgate ocorra, entretanto, é preciso mostrar que tipo de herança uma praga chamada feminismo nos deixou... 
Das muitas formas de uma mulher falhar na vida, não vejo nenhuma mais triste e nociva do que falhar como mãe. Mais triste ainda é assistir isso sem sequer enxergar sua culpa, ou, muitas vezes, enxergando-a mas omitindo-se.
Quando um comportamento - ou escolha - torna-se tão padrão que sequer o questionamos, o automatismo de decisões é a brecha para nosso comodismo. Exemplifiquemos:

 - A mulher não trabalha, mas aos dois anos seu filho já está na escola, muitas vezes em tempo integral;
 - A mulher trabalha, mas seu salário sequer consegue cobrir as despesas com estas creches ou escolas. Ou seja, na matemática simples: ficar em casa cuidando do filho seria mais econômico.

Aqui não se trata de crucificar a mulher que trabalha fora - até porque eu trabalho -, mas demonstrar como, hoje em dia, a questão da prioridade está desfocada, como os valores estão invertidos.
É verdade que cada pessoa tem - e deve - trabalhar dentro de suas possibilidades, mas muitas vezes a preguiça, o comodismo e o egoísmo têm sido os senhores de muitas mães que conheço.
"Não tenho paciência!" é o argumento que mais escuto, mas há também aquelas que dizem "Não vejo a hora de voltar a fazer minhas coisas." "Preciso de um tempo para mim!", entre tantos outros... Como se fosse possível permanecer atrelada ao cômodo passado onde era possível dormir sem hora para acordar, onde era possível sair sem ter hora para voltar, como se fosse possível dar pausa ou retroceder quando não está satisfeita. Filhos não são bonecos, não podem ser colocados e retirados de prateleiras para só brincar quando tem vontade. 
Preguiça é algo que tem que morrer quando um filho nasce! Preguiça é algo que não pode existir quando você decide assumir não apenas o bônus deste amor louco, mas também todos os deveres que nasce junto com este filho, com este amor.
Educar um filho exige dedicação, esforço, paciência! E a decisão de educar em casa exige isso e muito mais! O resgate desta educação é um passo importante na mudança de um comportamento que tem demonstrado claramente ser fajuto e, sobretudo, nocivo. Até os seis anos a criança constrói sua personalidade, cultiva seus valores, alicerces imprescindíveis para a construção do ser humano. Somos nós, pais, os responsáveis por transmitir-lhes esta herança! 
Portanto, para os que desejam adotar o HS, um aviso: Saia da sua zona de conforto, comece a quebrar certos cristais que você cultivou por muitos anos, procure transformar cada vez mais a sua verdade nA Verdade, trabalhe com o que você tem, mas, sobretudo, trabalhe com dedicação e amor. Além de nada cair do céu, a receita para cada família é muito particular e cabe a cada um encontrar a sua.
Por fim, adicione a fé... E tenha sempre em mente que um filho não é apenas o prolongamento da nossa existência, mas, sobretudo, um chamado para que esta existência tenha sentido.






quarta-feira, 6 de abril de 2016

Quando Mais Significa Menos...

Acho que começo, enfim, a colher alguns frutos do meu empenho em mudar...
Há quase um ano tenho dedicado muito esforço e oração na tentativa de domar meu gênio e fazer brotar flores de paciência no meu jardim.
Os resultados eu vejo a olho nu. Uma recompensa em um olhar, em um sorriso, na simples constatação de que estou, na velocidade de tartaruga, conseguindo mudar e, assim, ensina-los também.
Por aqui os temperamentos predominantes são sanguíneo e colérico o que já é suficiente para transformar uma simples discordância em uma trincheira de guerra. Se nós adultos temos problemas no controle de nossas reações, que dirá as crianças, que sequer sabem definir o que sentem...
Adicione a isto uma bebê cada dia mais deliciosa, chamando a atenção de todos por onde passa... E, assim, a flecha do ciúme penetra cada dia mais fundo dois coraçõezinhos por aqui.
Venho tentando preencher estas brechas com amor e atenção, dedicando tempo para brincar, ler, pintar ou, simplesmente, sentando no meio fio da calçada para chupar um picolé ao lado deles. Quando fecho meus olhos lembrando destas cenas, encontro na memória o retrato dos sorrisos, a satisfação dos olhares que miram em mim com ternura e gratidão.
Mergulhar assim tão fundo em minha alma é coisa que só mesmo eles conseguem...
A quaresma foi um período de grande reflexão para mim... E as mudanças que seguiram a estas reflexões têm feito grande diferença no nosso lar.
Eis algumas delas:
 - O celular deixou de disputar tempo com eles. Quando estamos juntos, dedico 100% de minha atenção a eles;
 - Tenho seguido religiosamente momentos de oração e entrega a Deus. Momentos preciosíssimos de comunhão onde tenho abastecido meu coração. Esses momentos não só me trouxeram mais calma como também me trouxeram ainda mais paz;
 - Tenho feito atividades com eles TODOS os dias, como pintura, brincar na terra, ouvir música, dançar,  brincar de LEGO... Qualquer coisa que eles gostem e que nos permita conversar e alimentar nossa relação de cumplicidade e amor;
 - Estamos meditando e rezando juntos antes de dormir. Uma atividade que ainda precisa evoluir MUITO, mas que já dá sinais do bem que nos fará;
 - Tenho colocado eles para dormir contando histórias da Bíblia. No momento, estou lendo O Livro da Fé para Crianças. Não é algo que eles adorem, mas é algo que, certamente, fará muita diferença na vida deles.
Enfim, o segredo de menos birra, de menos choro, menos carência é bem simples: mais atenção. Há momentos em que, invariavelmente irão chorar pois não podemos dar tudo e, tão pouco, sempre dizer sim a eles, mas há momentos em que um abraço, um beijinho ou até mesmo um simples olhar são mais que suficientes para cessar uma iminente tempestade.
Tenho percebido que tratar filhos como quem disputa um cabo de guerra com certeza sempre nos trará a sensação de vitória, afinal somos sim os mais fortes, mas aqui, a fortaleza que desejo, é a do espírito, onde impera a lei do amor e não a da força.
Que a obediência nasça da admiração e não do medo!
Que o respeito brote do amor, jamais do grito!