quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Alfabetização Bia.

Vou tentar, neste post, fazer algumas breves considerações sobre o processo de alfabetização de Beatriz. Não tenho pretensão de fazer disso um roteiro, mas se servir para aquelas mães que me escrevem sem sequer um Norte, já me dou por feliz.

Aqui escolhemos alfabetizá-la pelo método fônico, o mesmo que utilizamos com Sophia e Gabriel. Nós compramos apenas o curso de pré-alfabetização do Carlos Nadalim e seguimos sem maiores dificuldades o processo de alfabetização elaborando nossos próprios materiais de maneira até bem simples.

Para quem não comprou o curso de pré-alfabetização do Carlos Nadalim, vou deixar como sugestão este livro: Consciência Fonológica em Crianças Pequenas (Compre AQUI) que traz uma série de atividades para treino de habilidades fundamentais no processo de alfabetização. 


O livro traz muitas brincadeiras para a introdução de vários conceitos e habilidades essenciais ao processo de alfabetização, como Jogos de Rimas, Consciência Silábica, Noções de Palavra e Frase... Vale MUITO a pena!

Para quem se preocupa com a questão dos sons das letras, há muitas possibilidades: você pode colocar no YouTube ou comprar o material da Maya (Perfil do Instagram AQUI) que ela fez justamente com este propósito. 

Depois de ensinados os sons comecei a associá-los às letras, começando apenas com as vogais. Com essa etapa vencida, ela já começou a ler encontros vocálicos.

Concluída a etapa das vogais, parti para a associação dos sons às respectivas consoantes, com bastante treino do princípio alfabético.

Quando ela já estava sabendo todas as letras e de seus respectivos sons, comecei a treinar com ela a formação das sílabas, mas comecei colocando palavras no estilo CVV (PAI) ou VCV (OVO) para ela ler. Em seguida, fomos treinando todas as sílabas simples, com a leitura delas e de pequenas palavras formadas apenas por estas sílabas simples, como BOLA, PATO...

Para quem deseja uma cartilha para melhor definir essa seqüência, aqui em casa eu tenho duas: A Casinha Feliz (Compre AQUI) e Alfabetização Fônica do Capovilla (Compre AQUI e AQUI)






Além destas cartilhas, temos ainda os dois livros/cds que o Professor Carlos Nadalim lançou com lindas canções que ajudam MUITO neste lindo processo: Linha, Agulha, Costura: Canção, Brincadeira e Leitura e o Maravilhamento. Comprei os dois pela internet (Compre AQUI). As canções são lindas e as crianças aprendem os sons brincando!



Com Beatriz eu tenho utilizado o livro Ou Isto Ou Aquilo (Compre AQUI) para elaborar as atividades de alfabetização. Estas atividades elaboro contemplando outras habilidades, como memorização, traçado, percepção visual, entre outras.



Estou iniciando com ela a leitura de frases e, para isso, estou trabalhando muito bem conceitos como letra, sílaba e palavra até enfim chegarmos propriamente às frases.

Para leitura de palavras, gosto muito dos livros A Festa das Letras (Compre AQUI), O Batalhão das Letras (Compre AQUI) e o Palavras, Muitas Palavras (Compre AQUI). São livros que exploram justamente essa fase de início de leitura, ajudando na fluência e na aquisição de vocabulário. Todos eles trabalham com rimas.






Ainda há muita coisa por fazer, como trabalhar dígrafos e algumas dificuldades ortográficas mais específicas, mas ainda temos bastante tempo para isso. Assim que eu for evoluindo, vou postando lá no Instagram as nossas aulas. Quem sabe ajuda alguém aí?!

Fiquem Deus.

Waleska Montenegro.









domingo, 1 de setembro de 2019

Homeschooling Católico - Resenha a Quatro Mãos


 A vida sempre irá nos apresentar escolhas mas, no nosso caso, estas escolhas mudaram completamente com a chegada dos nossos filhos.


 Alheios e contrários a todos que nos cercam, nossas escolhas para a educação deles começaram a ter um direcionamento quando decidimos que só depois dos seis anos é que iriam para a escola. Mas a providência divina foi nos conduzindo, e, de repente, tudo foi se esclarecendo e tomando rumo.


 À medida que fomos pesquisando sobre os processos educacionais e os métodos pedagógicos aplicados nas escolas convencionais, percebemos que aquele modelo não nos satisfazia pois, para além da formação acadêmica e intelectual, o aspecto que mais nos preocupava era a formação moral e religiosa. Com efeito, o ser humano é um todo indivisível e, portanto, a questão da educação não pode ser reduzida a um mero desenvolvimento das potências do intelecto, mas na formação integral da pessoa humana. Assim, quanto mais se fortalecia esta convicção nos nossos corações, mais distante ficava a possibilidade de colocarmos os nossos filhos nas escolas. A coisa ficou ainda mais difícil na medida em que fomos tomando conhecimento acerca de todo o aparelhamento ideológico que vem sendo implantado nas escolas - não só nas públicas mas também nas privadas - ao longo das últimas décadas, por meio do qual são aplicadas técnicas de indução de comportamento que visam à formação de um "novo homem", dotado de uma cosmovisão materialista e anti-cristã, hostil a tudo que possa representar algo da civilização ocidental. O Papa Bento XVI, num discurso proferido no Bundestag - Parlamento Alemão -, em 22/09/2011, alertou para o perigo que corre a nossa civilização. Nas palavras do Santo Padre,


               "A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma; do encontro entre a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e o pensamento jurídico de Roma. Este tríplice encontro forma a identidade íntima da Europa. Na consciência da responsabilidade do homem diante de Deus e no reconhecimento da dignidade inviolável do homem, de cada homem, este encontro fixou critérios do direito, cuja defesa é nossa tarefa neste momento histórico."


 No fundo é isto que está em jogo, a saber, a tentativa de substituição de todo o legado cristão por uma cultura permeada por uma espécie de humanismo secular, desprovida de todo e qualquer germe de transcendência, que, ao inocular o seu pérfido veneno no fundo da consciência humana, promove o homem a artífice de si mesmo, princípio e fim de todas as coisas.


 Portanto, para nós, a decisão pelo Homeschooling nasce do sentimento, mais ainda, da convicção da necessidade de preservar a consciência dos nossos filhos dos ataques sistemáticos que eles sofreriam de forma brutal e covarde ao ingressarem no ambiente "laico" escolar. E assim aconteceu. Mergulhamos nos livros, fizemos cursos, pedimos ajuda, encontramos novos amigos - que não se cansam de nos socorrer -, e a coisa aconteceu; e um dos tesouros que caiu em nossas mãos foi o livro da Dra. Mary Kay Clark, Homeschooling Católico - Um guia para pais. O livro faz o caminho completo, apresentando o que é o Homeschooling Católico, o porquê de escolhê-lo e, finalmente, como fazê-lo. Conselhos riquíssimos não só para quem está iniciando neste caminho, mas inclusive para aqueles que já possuem suas certezas. De pronto, percebe-se que, mais que um simples guia ou manual prático para o desenvolvimento do Homeschooling, a obra nos inspira e nos conduz a uma profunda reflexão sobre a nossa fé. De fato, como bem assegura a autora, o Homeschooling é um estilo de vida, assim como também deve sê-lo a vivência da nossa fé católica. À medida que avançamos no conteúdo da obra, somos impulsionados a um vivência de fé mais profunda, de dimensão ontológica, que senta as suas raízes na genuína tradição e no grandioso magistério da Igreja.

 Aqueles que pretendem saber acerca da eficiência acadêmica do Homeschooling verão, já no prefácio do livro, de forma clara e didática, pelo menos oito motivos básicos que justificam a sua prática. O capítulo 3 apresenta uma compilação dos principais ensinamentos da Igreja sobre matrimônio e educação. Aqui o leitor terá clara noção da riqueza e profundidade de tais ensinamentos e verá que é no sacramento do matrimônio, cujo fim primário é a procriação e educação da prole, que se assenta, enquanto vocação primordial dos cônjuges, o direito-dever dos pais de educar aqueles que geraram. O Cânon 1136, do Código de Direito Canônico de 1983, declara que:


                "Os pais têm o dever gravíssimo e o direito primário de, na medida das suas forças, darem aos filhos educação tanto física, social, e cultural, como moral e religiosa."


 A autora também trata da importância da vivência de uma autêntica fé católica que ela chama de ​vida sacramental, e de como a recepção dos sacramentos instituídos por Cristo interfere no quotidiano da família homeschooler. Além da abordagem das questões afetas à fé católica, a obra discorre vastamente sobre os mais diversos temas relacionados ao dia a dia de quem vive o homeschooling, com abordagens que vão desde a disciplina na família e a administração doméstica, até problemas mais complexos como nos casos de famílias com pais ou mães ausentes e de crianças com necessidades especiais. Em relação à questão da socialização, tema recorrentemente abordado pelos recém chegados ao universo do Homeschooling, a abordagem da autora é simplesmente devastadora, fazendo com que, qualquer pessoa com o mínimo de discernimento moral e senso de proporções, sepulte, de uma vez por todas, qualquer sombra de dúvidas em relação a este suposto problema.
Ao fim e ao cabo, como bem dito acima, a força que nos move é o dever de proteção daqueles que geramos. A defesa que este livro faz sobre isso nos inspira e nos fortalece, a fim de que permaneçamos firmes neste propósito, exaltando os papéis de cada um nesse processo difícil, porém de suma importância, tão importante que o próprio “Santo Tomás não hesita em compará-lo ao ministério dos sacerdotes.”

 Homeschooling Católico é leitura fundamental para aqueles católicos que desejam exercer o direito-dever de educar os próprios filhos. É uma porta de entrada a um estilo de vida que está para muito além de uma formação intelectual, que nos impele a vencer os nossos dragões na aridez do nosso cotidiano, e que, apesar de todas as nossas limitações e fragilidades, nos reserva a esperança viva da salvação das nossas almas.

Aluísio e Waleska.