Quando você tem mais de um filho, a
comparação é inevitável...
E não falo apenas da comparação
entre eles, mas da atenção dispensada a cada um seja da família, seja de
terceiros...
No enxoval de Sophia, encomendei um
certo número de lembrancinhas da maternidade. Tive que completar o pedido umas
três vezes!! Era tanta gente querendo ver a primogênita que o cálculo inicial
furou em dezenas...
Aí veio Gabriel! Pensei: Não vou
errar na conta desta vez! E pedi o mesmo número de lembrancinhas de Sophia,
contabilizando os pedidos extras, lógico.
Sobrou mais da metade! Além disso,
a notícia da gravidez é recebida como se você estivesse decretando uma sentença
à primogênita, quando, na verdade, eu
estava dando a ela o melhor presente de toda sua vida: um irmão!
Sabe, é muito fácil falar algo e
depois simplesmente pedir desculpas, mas a verdade é que a desculpa não apaga a
cicatriz. Hoje, quando vejo a grande maioria das pessoas celebrando a chegada
de Beatriz ou me parabenizando pela linda família que construí é impossível não
lembrar do quanto fui taxada de louca quando anunciei a minha terceira gravidez.
É mais ou menos assim: “As novas idéias são primeiro ignoradas (...) Depois as
novas idéias são ridicularizadas, depois violentamente combatidas e enfim
adotadas pelos que sempre as combateram e que passam a dizer: Eu sempre falei
isso...” E por que eu estou escrevendo isso? Por que estava arrumando as coisas
deles e vi as toalhinhas que preparei com tanto carinho para a chegada de cada
um. Por que para uma mãe, pelo menos para mim, não importa se é o primeiro, o
segundo, o terceiro ou o décimo... O amor é o mesmo desde a remota
possibilidade da existência de cada um.
Lindo texto!
ResponderExcluirParabéns, família!!!
Ass: César e Larissa