segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A Geração de Órfãos de Pais Vivos

O dia hoje começou com a constatação de uma triste realidade... Um coleguinha dos meninos, de 2 aninhos, começou na escola. O pai, com a irmã de 6 meses no braço, abriu a boca e falou: no próximo ano ela vai! Não vejo a hora! É isso que me entristece e por vezes, me revolta!Não sou contra colocar filho em creche ou escola, mas sou totalmente contra atitudes como essa, de mandar um filho para se livrar do trabalho. Aí outro dia escutei a pérola: Vou viajar mesmo, ela não vai morrer por causa disso!  A "ela" em questão é uma bebê de 6 meses!!! É, realmente, ela não vai morrer, assim como não morreria se você passasse mil anos fora, mas a pergunta que deve ser feita é: como isso irá afeta-la, quanto sofrimento será impingido a ela? Crianças sentem nossa falta, desejam nossa companhia. Não são produtos que podem ser descartados, trocados ou devolvidos. Há quem não acredite, mas as palavras marcam, estereotipam, ferem... E, de tanto serem proferidas - e ouvidas - podem definir comportamentos, ferir sentimentos, influenciar no temperamento das crianças. Ainda que seu filho não seja capaz de demonstrar e expressar tristeza, frustração ou dor de outra forma de que não seja o choro, ele sente o amor, a repulsa, o alívio ou a irritação. O que será desta geração criada por tablets e escolas integrais só o tempo dirá... Mas lamento profundamente por que o resultado desta experiência vai recair sobre os mais inocentes. E ainda há quem pense que nascer em berço esplêndido é garantia de afeto...

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