sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Os Nossos Desafios do Homeschooling

De todas as dificuldades que temos enfrentado para levar adiante nossa decisão pelo HS, os temperamentos de cada um tem sido a maior delas...

Em uma família predominantemente sanguínea e colérica, alguns conflitos tomam dimensões de guerra mundial!

É um aprendizado contínuo, um caminho para uma conversão genuína que passa pela sua própria transformação, pela vivência diária do que é o amor incondicional, pela sua total doação àqueles que te foram confiados.

Exige esforço, renúncias, dedicação, mas acima de tudo, exige amor, muito amor...

A responsabilidade é grande, na mesma proporção do trabalho envolvido. Exige uma estrutura familiar e uma convergência de pensamento. Ouso dizer que exige a crença e a fé! A abrangência da escolha vai além do plano físico!

Ao peso da responsabilidade de educá-los em casa, soma-se uma torcida quase generalizada em favor de nossa desistência e, conseqüentemente, de nosso fracasso. Lutamos por algo que acreditamos, mas lutamos sós, pois as críticas são infinitamente maiores. Juntamo-nos aos poucos que, assim como nós, acreditam que esta é a melhor escolha para seus filhos, mas a sombra do medo de fracassar é algo que precisamos combater.

As perguntas são sempre as mesmas: "E como fica a socialização?" "E isso é legal?" As justificativas para a não adoção também: " Ah, é realmente o ideal, mas não tenho paciência" "Aff... É perfeito, mas dá muito trabalho!"

Sempre o trabalho... Sempre o bom e velho comodismo de fugir para a alternativa que dê menos trabalho, ainda que isso custe a saúde mental de seus próprios filhos...

Mas é assim que seguimos, ora escutando elogios, ainda que com suas justificativas para a sua não adoção, ora recebendo críticas, ainda que indiretas ou na forma de um olhar torto... Mas seguimos, por que se eu sabemos que o melhor para os nossos filhos é estar em casa, se sabemos que o melhor para eles é o ensino domiciliar e, à despeito disso nos esquivássemos desta responsabilidade pelo trabalho que esta nos dá, não estaríamos sendo apenas preguiçosos, estaríamos sendo covardes e omissos.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Bullying???

Um dia já fui adolescente... E, como a grande maioria, sofri com espinhas, com minha magreza excessiva, com meus cabelos rebeldes... Digamos que eu era o protótipo de uma adolescente feia, daquelas que os meninos mais bonitos da escola só olham quando estão querendo que você apresente a amiga ou a prima bonita. Na minha época, cansei de ser chamada de “Maria-homem”, por só brincar com meninos, de leoa, pelo meu cabelo “indomável”, de Olívia palito e tantos outros adjetivos que, muitas vezes, me fizeram chorar ou, no mínimo, desejar ser uma outra pessoa... Nos tempos de hoje, diriam que eu sofri “bullyng”, então eu bem que poderia sair por aí matando gente, e, ainda, ser taxada de vítima. No entanto, em função da criação que tive, decidi ser GENTE, e, a despeito de alguns dias em que me sinto um lixo, horrorosa, sempre tive auto-estima, sempre soube me defender. A sociedade de hoje trata os problemas de uma forma muito simples, muito superficial. A raiz de determinados comportamentos e, ouso dizer, as conseqüências que estes comportamentos impingem à determinadas vidas, são frutos de uma célula que, dia a dia, está sendo minada da sociedade: a família. Uma vez destruída, uma vez ceifados seus valores, o resultado é muito parecido com o que vemos: caos total! São crianças mimadas, sem limites, que se transformam em adolescentes cheios de vontades e comportamentos questionáveis. Mais tarde, quando descobrem que esses comportamentos não os levarão a lugar nenhum, tentam encontrar um caminho, às vezes já combalidos pela depressão, outras vezes permanecendo no caminho mais fácil, para não dizer, no caminho perdido. O que precisamos hoje não está nos livros de psicologia, não se resolverá ampliando a já extensa escala de direitos que nossas fajutas leis nos garantem, mas em construir em cada lar um ambiente saudável, pautado por valores morais, éticos, religiosos. Precisamos ensinar nossos filhos, vigia-los, precisamos criar crianças com auto-estima suficiente para não se deixar abater por uma crítica ou comentário. O mundo não nos recebe com lençóis de cetim... Portanto, esse projeto de mundo ideal, onde até felicidade é direito, não existe nem mesmo nos contos de fadas. Felicidade não se garante ampliando direitos ou garantias, ela se constrói dia a dia...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O Aborto...

Das muitas falhas que um ser humano pode ter, a defesa do aborto é, para mim, uma das piores...
Quando Deus nos concedeu o livre arbítrio, Ele nos concedeu também o poder de escolher entre o bem e o mal, e é preciso estarmos sempre vigilantes para não deixarmos que, em nossos corações, as sementes deste mal germine...
O aborto é a tradução de um coração se Deus... de um coração que não conhece o amor, que não reconhece na graça da maternidade a presença do Divino e, por isso, o descarta como quem descarta um saco de lixo.
Cada pessoa sabe o peso que cada escolha tem e terá em sua vida, ou pelo menos deveria saber, principalmente quando sua decisão envolve não apenas o casulo que abriga a vida, mas a vida propriamente dita.
O aborto não mata apenas aquele feto, mas tudo o que derivaria dele... Mata os sonhos de uma criança de ter um irmão, de um pai de ter um filho, de avós de terem um neto... Mata a esperança de um feto de ter tudo isso além de uma mãe...
Triste perceber que aquela que o abriga é quem o matará, que aquela que supostamente deveria amá-lo brada e grita que não o deseja e ele, ali no forno da vida, vive inocente a expectativa de um condenado no corredor da morte.
Quando o amor é o maior que pode existir, o preço da escolha será sempre o mais caro...
E enquanto umas lutam pelo direito de matar, outras, já conscientes, precisam conviver com o peso que esta escolha deixou em suas almas e em seus corações...
As cicatrizes desta prática deixa marcas invisíveis, corações amargurados, feridas que sangrarão para o resto da vida...
Pelo menos o céu, para consolo dos que creem, recebe e acolhe com amor estes anjos, mártires de uma vida que sequer tiveram o direito de viver...

Bom Dia!

Acordei às 04:40 com a minha miúda no modo despertador.
Ela, agora, pede o leite e toma sozinha... Toda independente a moça!
Saímos do quarto, o resto da família ainda roncando, o sol ainda começando a esquentar...
Ela começa a se soltar... Emitindo seus sons, começa a fazer barulho, procura algo para se entreter, me segue até o banheiro e fica ali me observando escovar os dentes e me arrumar para sair para o trabalho.
Começa a chamar pelo pai. Tento prolongar o máximo o sono dele até o limite de minha saída já que 10 minutos podem significar horas a mais no meu trajeto.
Chamo o pai para ficar com ela para eu poder sair. Engano e saio, mas ela me vê e chora. Volto. Pego-a em meus braços desejando permanecer ali por muito tempo, sentindo aquele cheiro de bebê que meu olfato vicia.Alguns minutos de chamego, uma enrolação aqui e outra ali e consigo escapar. ela fica entretida na biblioteca com o pai. Quando estou no meio da escada, a minha primogênita acorda. Volto para o bom dia e para dar um beijo e um abraço na minha brabinha linda. O cabelo é um ninho de nós! E ela fica ainda mais linda assim, descabelada, olhos inchados de dormir, a voz ainda mais rouca do que já é... Cheiro aquele cabelo perfumado, sussurro um EU TE AMO e vou. Quando estou no último degrau ela repete: " TE AMO!" E eu saio com apenas a ausência da despedida do meu garotinho que ainda dormia pesado...
É o dia que começa... É a vida que se desenha em um cotidiano cheio de amor e de saudade.
09:00...
O telefone toca acusando que o marido me chama. Quando atendo, escuto a voz dela toda feliz relatando os progressos do jogo da memória:"Acertei 34 de 45!" Eu me emociono e sorrio. Ela continua falando e meu coração abastecendo...
Quanta serenidade e leveza em sua voz! Quanto amor envolvido! Quanta dedicação...
e meu coração, então, embriagado de gratidão, volta à rotina, contando os segundos para retornar para aqueles que o preenchem com absoluta perfeição.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Homeschooling - Primeiros Passos

Os dias começam sempre na velocidade deles...
Muitas vezes, quando saio de casa para trabalhar, Sophia ainda dorme. É a mais dorminhoca dos três!
Eles tomam café e se organizam para a aulinha.
Começamos com os dois juntos, já que Gabriel é a sombra de Sophia. Mas eles ficavam competindo, ele ficava tentando acompanhar o ritmo dela, que já é outro e, nesta disputa, perdia-se um pouco da concentração, do raciocínio.
Foi, então, que decidimos separá-los... E a coisa fluiu de uma outra maneira! Embora Gabriel tenha resistido à idéia, hoje  ele já fez as tarefinhas sem muitos protestos. Por aqui estamos tranalhando seguindo o curso do Professor Carlos Nadalim. E, no momento, eles gastam um bom tempo em exercícios de caligrafia, pintura, colagem e jogos que estimulam a memória.
O pai aproveita as figuras para ensiná-los em inglês também. E como são desenvoltos! Eles aprendem com uma velocidade, decoram com uma facilidade...
E nós vamos, dia a dia, consolidando nossa escolha, firmes neste caminho que optamos seguir.
Os desafios são diários e são vencidos à medida que aparecem. É o preço de trilhar um caminho que poucos já percorreram.
Graças a Deus que nos ligou a pessoas que já desvendaram parte deste caminho e nos ajudam nesta missão.
Mas o segredo, cada família tem que achar o seu. E, assim, seguir neste ofício que é uma verdadeira prova de fé, amor e esperança.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Homeschooling...



É um desafio! E exige esforço, dedicação, renúncias e amor, muito amor...

Não é fácil! Além de suas limitações como ser humano, você ainda tem que aprender a ser professora sem deixar de ser mãe e vice versa. Ao mesmo tempo, querer implantar uma rotina semelhante à de uma escola é caminhar para um possível fracasso. é preciso saber encontrar o equilíbrio, mas esse fato é, talvez, o " turning point" do negócio...

Estamos caminhando. Alguns dias tudo corre com fluidez... Hoje, em particular, Gabriel não queria fazer suas "tarefinhas". Avisei que sem cumprir suas "obrigações", a bicicleta seria guardada e ele não iria brincar na rua com os amiguinhos. Relutou, pensou, pesou e veio fazer...

Por aqui quem está na função de professor é o pai. Alguém precisa assumir de verdade o ofício. Ano passado, como estava de licença, fiz este papel. Aprendi mais do que ensinei! Hoje trabalho na retaguarda, dou o suporte, busco conteúdo e material, arrumo, cuido, acompanho! E agradeço a Deus que, dia a dia, tem nos trabalhado, nos moldado, nos ajudado...

No final, o Homeschooling é uma escola para pais e filhos, e é difícil precisar quem mais aprende e quem mais ensina por aqui...

A receita é muito particular para cada família, mas nela não pode faltar um ingrediente: o amor!