segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Sobre o Amor Que me Aproximou Mais de Deus...

Este fim de semana tivemos aqui no condomínio uma programação de despedida das férias com direito a recreação. As crianças estavam eufóricas! Houve brincadeira, jogos, show de mágica, banho de piscina...

Nestes momentos eu fico ali, observando as crianças e fazendo minhas análises...

Houve um tempo em que me questionei sobre a socialização no caso de crianças educadas em casa. E não vou negar que, algumas vezes, tive receio de como nossa escolha poderia interferir neste aspecto particular. Não precisei me esforçar muito... Meus filhos me provaram - e provam cada dia mais - que essa idéia pré concebida veio só para formatar e legitimar ainda mais a corrente que alçou a escola ao patamar de salvadora de nossos filhos.

Ao observá-los ali, transitando sem a menor cerimônia entre adultos e crianças, muitas vezes, inclusive, desmentido a teoria sendo muito mais sociáveis que crianças que estão na escola desde os dois anos, fui invadida pela alegria de perceber que estamos, aos poucos desbravando este caminho, colhendo os frutos desta dedicação e deste ofício que muito me acrescenta mas, também, sacrifica.

Não foi fácil escolher este caminho. Esbarrei com minhas limitações - esbarro com elas diariamente - precisei enfrentar meus próprios (pré)conceitos e, sobretudo, aceitar que este caminho seria trilhado praticamente na companhia de meu esposo. Adentramos a mata com foices na mão e estamos abrindo caminho para eles. Tenho fé e esperança de vê-los, no futuro, seguindo nossos passos com os seus, imortalizando nosso legado de conhecimento, dedicação e amor.

Nossa escolha não foi uma escolha contra a escola, mas contra um sistema. Nossa escolha foi fruto de um direcionamento divino, que nos conduziu através de uma rede paralela que também vive sua solidão mas que partilha suas experiências iluminando quem inicia. Não é um método, é um estilo de vida. É uma escolha que envolve muito mais que livros e conhecimento.

As transformações que vivi e que constantemente vivo jamais foram por mim imaginadas. Ousaria confessar que, muitas delas, são completamente opostas àquelas que um dia defendi. Tenho certeza que eu jamais podeira experimentar algo tão sobrenatural se não fosse pelos nossos filhos...

Crescemos, na velocidade que nos é permitido. Mas crescer em virtudes não é algo automático e só é possível pela graça de Deus. Por isso, hoje, em minhas preces, sempre apresento-Lhe os desejos de meu coração deixando claro que, acima deles, prevaleça sempre a Sua vontade, pois como Ele mesmo diz, ela é boa, perfeita e agradável.

Hoje entendo que este foi um chamado divino, uma chance que Deus nos concedeu de galgarmos nosso caminho para o céu. Nossos filhos nos ensinam muito mais do que nós a eles... Ensinam-nos a vencer nossas próprias limitações, a sermos fortes, ternos, firmes, pacientes... Ensinam-nos a amar, perdoar, a confiar... Com eles, nestes últimos seis anos, aprendi muito mais do que em todo o restante de minha existência! Através deles, experimentei (e experimento) Deus de uma maneira jamais imaginada e sentida!

Foi uma escolha ser mãe, sempre foi meu maior desejo. Hoje, é a certeza da minha vocação! Eu abri minha vida a esta possibilidade e Deus abriu meu ventre para acolhe-los. De minha parte, só posso mesmo agradecer e dizer que, se para viver este amor precisamos ser conduzidos pelo sacrifício, carregarei minha cruz enquanto Ele assim permitir. Foi este amor quem me conduziu à vida! Nenhum sacrifício meu poderia ter maior valor.