terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Lições de Amor - ou DO Amor?!

Cada filho traz na sua bagagem um infinito de ensinamentos e realizações. Ser mãe é algo que transforma e engrandece e, no meu caso, ser mãe de três faz deste ofício uma nobre tarefa e um eterno aprendizado.
Ser mãe de Sophia me fez conhecer e experimentar as maiores e melhores sensações de minha vida. A descoberta da gravidez, o ouvir o coração, senti-la mexer pela primeira vez… Tudo que uma grávida anseia e vive na intensidade da descoberta. Foi como perceber as primeiras cores de um nascer de sol perfeito! Abriu-se para mim um novo mundo do qual desejei nunca mais sair… Neste novo universo, conheci aquele amor que não vivemos mais sem, descobri o medo na sua maior intensidade e me entreguei de corpo e alma a alguém, como nunca havia feito em minha vida. Este amor trouxe o que me faltava, como o último toque de cor de uma tela de aquarela. Quando ouvi seu choro, toda aquela emoção transbordou, em uma enxurrada de sentimentos, desaguando na maior alegria que pude até então ter vivido. Quando a segurei em meus braços, percebi que já éramos íntimas, que os laços que nos uniam iam além do sangue, que estávamos entrelaçadas pelo amor, conectadas pelo olhar, pelo cheiro, pela voz… Nascia ali uma mãe! Nascia, naquele momento, a melhor versão de mim!
Gabriel trouxe com ele a certeza da minha vocação. Descobri, com sua chegada, que é possível sim amar dois tão louca e intensamente. E, de uma maneira mais serena, considerando que a primeira vez é sempre mais intensa, vivi a gestação dele de maneira tranqüila, sem a certeza da despedida, visto que ainda sonhava com uma terceira barriga. E ele chegou… Aumentando a minha responsabilidade e duplicando o meu amor. Veio me provar que sou muito mais forte do que imaginava, que o amor faz brotar a força em meio à tempestade. Aquele pequeno ser tinha um elo tão forte comigo, uma necessidade de estar em meus braços, como se eu fosse o seu calmante, o seu porto seguro, a margem do seu mar… Crescemos em número e em amor! Éramos quatro! Aí veio Beatriz… E trouxe com ela toda a saudade de uma despedida. Trouxe a intensidade da certeza da última vez, o desejo de aproveitar e viver cada sentimento sabendo que eram os últimos. E eu aproveitei! Desfilei meu barrigão, fotografei todas as semanas, curti. De todas as gestações, foi sem sombra de dúvidas a mais difícil, a mais cansativa. Ela já veio me trabalhando desde o ventre! Seu parto foi difícil, com emoções extras e desnecessárias. Mas Deus tem um plano para cada um de nós, e Beatriz chegou para cumprir o seu, trazendo o complemento de felicidade que nos faltava, como a última peça de um quebra cabeça. E, dia a dia, tem nos embriagado de amor! Se eu pudesse escolher um sentimento que pudesse definir estes últimos anos, escolheria a gratidão. E dela, vejo brotar todos os outros sinônimos da felicidade. Neste intervalo de aproximadamente cinco anos vivi e aprendi muito mais do que nos outros 37… Na minha escola da vida, meus filhos são, com toda certeza, meus melhores professores, minhas melhores lições.

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