terça-feira, 24 de maio de 2016

Virtudes Necessárias

Sempre que conhecemos alguma pessoa, e neste aspecto destaco pai ou mãe, a pergunta "Onde eles estudam?" é recorrente.
Segue-se, então, aquele olhar de "Como assim?" acompanhado de afirmativas que traduzem muito o que a maternidade se tornou para muitos: um fardo ou, em uma perspectiva não tão cruel, um item no Check List pessoal da vida de cada um.
Há tempos venho ruminando a respeito deste dom, desta vocação. A maternidade nos foi dada por Deus e Ele, mais do que ninguém, sabe do que somos capazes. Acontece que, pelo caminho, sementes de loucura foram plantadas, fazendo brotar dúvidas, fazendo crescer a desobediência e o desamor, fazendo com que a mulher, muitas vezes, negue sua própria natureza.
E aí, vejo como está cada dia mais difícil limpar este terreno, resgatar este dom, assumir esta vocação trilhando um caminho de amor, doação e renúncias sem o menor arrependimento.
Das muitas coisas que escuto como justificativas para não educar seus filhos em casa ou para explicar as razões de deixá-lo em horário integral, ainda que você não trabalhe ou o faça por meio período, está a paciência.
"Eu mal consigo fazer as tarefas com ele que dirá ensiná-lo tudo!" 
Eu confesso que, muitas vezes, rio por dentro... Por que estas pessoas pensam que eu sou uma espécie de Buda, um poço de paciência, ternura e mansidão... Ao mesmo tempo, me entristeço por estas crianças, que possuem pais tão centrados em si que não compreenderam que, ao terem seus corações pulsando fora do peito, Deus os abençoou com a possibilidade de transformar seus próprios corações naquilo que desejam e, certamente, naquilo que Ele próprio deseja.
Muitas coisas podem mudar a vida de alguém, mas um filho é, sem dúvida, a melhor forma de encarar esta oportunidade. Você pode se transformar depois de uma experiência de quase morte, depois de uma perda irreparável, depois de um grande sofrimento, mas as transformações que um filho provoca, a possibilidade de renascimento que um filho te dá é como uma oportunidade de Deus de te fazer conhece-Lo em cada detalhe deste amor.
Não nascemos com todas as virtudes necessárias para viver em plenitude... Eu busco continua e ardentemente ser alguém mais paciente, mais terna, mais doce... Não é fácil! Ninguém disse que seria!
Mas eu escolhi sair da minha zona de conforto, eu escolhi deixar de trabalhar com o pronome pessoal na primeira pessoa do singular para trabalhar na terceira pessoa do plural e essa transformação não nasceu quando Sophia nasceu, como se ter um filho te transformasse assim, como um passe de mágica, naquela mãe de comercial de margarina.
O caminho é longo, as renúncias são diárias, a paciência é artigo de sobrevivência por isso, queridas, esforcem-se por conquista-la, esforcem-se por cultiva-la, por que até mesmo as mais pacientes em determinados momentos precisarão de um pouco mais. Muitas vezes, a paciência que você busca está aprisionada no seu próprio comodismo!
Sigo minha luta, buscando ler para conhecer mais sobre meu próprio temperamento, buscando em Deus a chave para esta mudança, entregando a Ele meu cansaço e a irritação que anda junta com ele, pedindo perdão pela minha impaciência, pedindo que Ele me capacite para a missão que Ele me deu.
Por que não são os mais capacitados que são os escolhidos e por aqui isso não é diferente.
Se hoje estamos um passo à frente de quem está começando, é por que decidimos trilhar este caminho um pouco mais cedo. Mas ainda há muita estrada para percorrer... Se me falta paciência, graças a Deus não me falta vontade para mudar! 

3 comentários:

  1. Oi, Waleska! Acabei de ler todos os posts do seu blog e estou convencida de que Deus está nessa incrível jornada que vcs 5! Fica em paz

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  2. Oi, Waleska! Acabei de ler todos os posts do seu blog e estou convencida de que Deus está com vcs 5 nessa incrível jornada! Fica em paz

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  3. Obrigada, lindona!!! Saudade de vcs!!! Beijos!

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