quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Bullying???

Um dia já fui adolescente... E, como a grande maioria, sofri com espinhas, com minha magreza excessiva, com meus cabelos rebeldes... Digamos que eu era o protótipo de uma adolescente feia, daquelas que os meninos mais bonitos da escola só olham quando estão querendo que você apresente a amiga ou a prima bonita. Na minha época, cansei de ser chamada de “Maria-homem”, por só brincar com meninos, de leoa, pelo meu cabelo “indomável”, de Olívia palito e tantos outros adjetivos que, muitas vezes, me fizeram chorar ou, no mínimo, desejar ser uma outra pessoa... Nos tempos de hoje, diriam que eu sofri “bullyng”, então eu bem que poderia sair por aí matando gente, e, ainda, ser taxada de vítima. No entanto, em função da criação que tive, decidi ser GENTE, e, a despeito de alguns dias em que me sinto um lixo, horrorosa, sempre tive auto-estima, sempre soube me defender. A sociedade de hoje trata os problemas de uma forma muito simples, muito superficial. A raiz de determinados comportamentos e, ouso dizer, as conseqüências que estes comportamentos impingem à determinadas vidas, são frutos de uma célula que, dia a dia, está sendo minada da sociedade: a família. Uma vez destruída, uma vez ceifados seus valores, o resultado é muito parecido com o que vemos: caos total! São crianças mimadas, sem limites, que se transformam em adolescentes cheios de vontades e comportamentos questionáveis. Mais tarde, quando descobrem que esses comportamentos não os levarão a lugar nenhum, tentam encontrar um caminho, às vezes já combalidos pela depressão, outras vezes permanecendo no caminho mais fácil, para não dizer, no caminho perdido. O que precisamos hoje não está nos livros de psicologia, não se resolverá ampliando a já extensa escala de direitos que nossas fajutas leis nos garantem, mas em construir em cada lar um ambiente saudável, pautado por valores morais, éticos, religiosos. Precisamos ensinar nossos filhos, vigia-los, precisamos criar crianças com auto-estima suficiente para não se deixar abater por uma crítica ou comentário. O mundo não nos recebe com lençóis de cetim... Portanto, esse projeto de mundo ideal, onde até felicidade é direito, não existe nem mesmo nos contos de fadas. Felicidade não se garante ampliando direitos ou garantias, ela se constrói dia a dia...

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