sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Criança Mais Feliz do Pedaço.

Tenho uma fome quase insaciável de ler...
E, desde que fui mãe, para ser exata quando recebi o exame positivo de Sophia, comecei a ler tudo que achava interessante e apropriado ao universo materno.
Já li muita coisa, muita coisa inútil inclusive, mas, mesmo naqueles livros onde eu percebia que não aplicaria quase nada do que lia, sempre existia algo que eu "adaptava" à minha realidade de mãe.
Acho que, na verdade, nascemos mesmo com o instinto, umas com ele mais aguçado que outras, certamente...
Comigo foi assim... Não sei se por ser um desejo que sempre habitou em meu coração, mas desde o primeiro instante em que a segurei em meus braços, eu sabia que NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM, poderia fazer melhor o que eu, à partir daquele momento, faria por ela. E foi assim, e está sendo, com todos três.
Mas a fase bebê de Sophia e Gabriel já passou... E, hoje, tento fazer por eles o melhor que posso na mesma proporção, na mesma intensidade, mas, confesso, há dias que me pergunto se estou conseguindo mesmo, tamanha é a sensação de fracasso.
Por isso, dei um tempo em minhas outras leituras para ler este livro que dá nome a este post. E, embora muita coisa ali seja utopia, tenho aplicado algumas coisas e percebido resultados.
As birras por aqui continuam em uma intensidade LOUCA! Principalmente da parte de Gabriel que tem feito TUDO e mais um pouco para me tirar do sério. Parece até que sabe que estou tentando com todas as forças vencer meu #DesafioYellLessLoveMore...
Há alguns dias as coisas por aqui simplesmente enlouqueceram e eu estou me sentindo em uma ladeira, descendo na banguela. Choro por todos os lados, gritos, brigas, birras... E um não sei quanto de outras variáveis que impliquem paciência de santo!
Eu estou há dois meses tentando vencer um comportamento meu, na esperança de que, como exemplo, consiga vencer o comportamento de duas crianças. Mas, olhe, tem horas que parece mesmo IMPOSSÍVEL!
Bem, desabafos à parte, vamos ao lado Polliana do post...
Há dois dias, em meio à tempestade, comecei a aplicar algumas "técnicas" para tentar acalmar minha dupla dinâmica Vendaval e Ventania...
 - Comecei procurando identificar a linguagem do amor deles (Do Livro As 5 Linguagens do Amor, de Gary Chapman). E, com isso, tenho sempre tentado demonstrar, na linguagem de cada um, o quanto eu os amo.
 - Através de outros livros (The Temperament God Gave You de Art Bennet e Temperamento Controlado pelo Espírito, de Tim Lahaye), estou aprendendo a lidar com o temperamento típico de cada um (e com o meu próprio), embora ainda tenha dúvidas em qual temperamento enquadrá-los e enquadrar-me;
 - Tenho aplicado algumas técnicas bem simples e bobas do livro A Criança Mais Feliz do Pedaço e, surpreendentemente, tenho visto resultados, como por exemplo, dar atenção exclusiva a cada um por um mínimo de tempo que seja; incentivado e elogiado seus bons comportamentos à despeito de ficar o tempo inteiro reclamando, parado minhas atividades várias vezes ao longo do dia para dedicar um pouco de atenção a eles e, literalmente, IGNORADO as birras de menor intensidade. É que eu estava percebendo em mim um espelho do comportamento deles e fazendo birra também. Parece brincadeira, mas não é! Em certos momentos eu simplesmente não abria e só deixava passar quando faziam100% do meu jeito. A receita é literalmente desastrosa, nem preciso dizer.
 Parece bobagem, mas às vezes nós só pioramos as coisas quando insistimos em impor a eles um comportamento que, aos nossos olhos é o modelo. Por aqui, percebi uma piora drástica no comportamento de Gabriel quando resolvi fazer guerra de braços com ele. Eu podia até vencer na força, mas estava longe de ser o tipo de abordagem dos sonhos.
Enfim, cada dia que passa percebo que não há uma receita de bolo para educar. Sempre haverá de ter aquele toque especial, aquele que só quem cozinha sabe dar.
Por aqui, o meu tempero tem sido a compreensão. E um pouco de plasticidade para a minha tolerância e para a minha paciência.
Felizmente, a criação de filhos está cheia de segundas chances...
Eu já nem sei qual segunda chance é esta minha!
Mas, vamos em frente! Enquanto tentamos ensinar um pouco a eles, seguimos aprendendo muito mais.

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