A vida, em alguns momentos, nos coloca em uma situação que exige de nós o
silêncio. O silêncio, em minha vida, precede sempre alguma escolha ou
decisão. Mergulhada nele, posso me blindar de interferências externas
dando o poder da decisão ao meu livre arbítrio, mas, acima de tudo,
oferecendo esta decisão Àquele que me conduz.
Caminho sempre na
certeza de que estou escolhendo o melhor para mim e minha família pois
não tenho dúvidas de que até aqui quem nos conduziu foi o Senhor.
A
necessidade de introspecção nasceu junto com Beatriz. Com ela, veio o
desejo de ficar, de ser para eles não apenas uma margem ou um cais, mas,
também, um farol e tudo o mais que possa denotar apoio, cuidado,
conforto, segurança e, acima de tudo, amor.
Nasceu com ela, também, o
desejo de simplificar, de ver a vida de uma maneira mais serena e leve,
de me aprofundar na palavra de Deus e transmitir a eles este enorme
tesouro.
Não me envergonho de dizer que, se eu pudesse, daria um
tempo no trabalho para ficar em casa cuidando deles... No momento isto
ainda não é possível, mas estou trabalhando para isso, e creio que Deus
há de me ajudar.
Dos muitos obstáculos a vencer, o pior deles sou eu
mesma: minha impaciência diante de alguns comportamentos típicos da
idade. A privação de sono, característica de todo processo de
amamentação, aliada ao cansaço de ter, além da bebê, mais duas crianças
para cuidar tem deixado isso ainda mais aflorado e, consequentemente, a
sensação de fracasso - e o remorso que a acompanha -, são minhas
companhias diárias...
Mas o coração não desiste e Ele sempre encontra uma forma de mostrar Seus sinais, a direção que Ele quer que eu siga...
E eu, serva que sou, à exemplo do SIM de Maria, respondo: Eis-me aqui, Senhor!
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