quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Sobre o Tempo, Fraldas e Xixis...

A maternidade, hoje em dia, parece ter um manual e qualquer criança que não se enquadre nele logo é rotulada ou, na pior das hipóteses, estudada e medicada.
Tenho três filhos, cada um mais diferente que o outro, e sempre respeitei demais o tempo de cada um, pouco me importando com as regras que infringi - e continuo infringindo.
Não, eu não espero outra coisa senão a reprovação de 99% das pessoas com as quais convivo quando o assunto é a educação deles, mas graças a Deus eu não tenho mais 17 anos, onde a aprovação das pessoas era algo vital para mim. Eu chamo isso maturidade, e me impressiona como hoje em dia 99% destas mesmas pessoas parece ter parado neste tempo!
Eu poderia discorrer linhas e mais linhas sobre a socialização, mas hoje eu vim falar de desfralde. Vim falar em como eu respeitei todas as mudanças que passamos por aqui com a chegada de cada um para, enfim, poder fazer novas transições.
Quando Gabriel nasceu Sophia ainda era uma bebê, tomava mamadeira, acordava mil e duzentas vezes à noite e houve momentos em que eu o amamentava em um peito e dava a mamadeira para ela deitada em minha perna. Não percebi nela os riscos do ciúme como o percebo hoje em Gabriel com relação a Beatriz, mas é lógico que ela regrediu em alguns pontos, só que sendo bebê, isso foi muito mais fácil de preencher e corrigir.
Quando Beatriz chegou, Gabriel estava perto de fazer três anos. Não, no início nenhum dos dois ligou para aquele pequeno ser que dormia muito e mal se mexia, com exceção das crises de cólica que ora os irritava pela impossibilidade de escutar a TV, ora partia seus pequeninos corações já riscados pelo amor.
Eu fui levando... E à medida que Bia se transformava em uma bebê encantadora, os comportamentos deles regrediram em determinados pontos como uma tentativa desesperada de ter a mesma atenção que a pequena indefesa tinha. 
Mas Gabriel apresentou uma alergia ao leite, e foi então que eu aproveitei para tirar a mamadeira deles. Sophia estava com 5 anos e ele com quatro, mas mantinham o hábito do leitinho morno ao acordar. Tudo transcorreu sem choros, apenas com uns poucos protestos...
Recentemente resolvemos retirar as fraldas. "Quando eles acordarem de fralda seca, este é o momento." Se eu fosse esperar por este momento, certamente teria que comprar fraldas geriátricas para eles! Temos, então, enfrentado noites bem difíceis, cheias de lençóis molhados e de idas ao banheiro carregando a duplinha. O dinheiro das fraldas foi revertido para o sabão, o amaciante e a energia e seguimos contabilizando 3, 4 noites de xixi com 1 seca à medida que eles se orientam e se acostumam.
Como tudo na maternidade, isso é uma fase! Assim como a mamadeira, o cocô na fralda, a chupeta ou o dedo na boca e diversas outras pelas quais já passamos com louvor ou não.
Sigo por aqui lavando muito lençol mijado, agradecendo ao inventor do protetor de colchão diariamente, mas aprendendo muito com eles que são a prova viva daquela passagem que diz: Há um tempo para tudo debaixo do céu!


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