terça-feira, 27 de setembro de 2016

Eu Quero é Viver!!!

A espera pelas crianças durante suas atividades esportivas na tarde de hoje acabou por me incentivar a escrever sobre algo que há algum tempo tem invadido meu pensamento tentando esvair-se em palavras.

Durante minha espera, observei duas outras mães que, como eu, também aguardavam seus filhos. Elas haviam se conhecido naquele momento e, ali, iniciaram uma conversa sobre seus filhos, suas atividades e a escravidão que estas crianças impingiram às suas vidas. Sim, para aquelas mães, seus filhos eram fardos pesados, que carregavam por circunstâncias que nem elas mesmas saberiam explicar se questionadas fossem.

Cada mãe tinha dois filhos, em idades entre 10 meses e 4 anos. Em determinado momento, uma delas fala com orgulho de ter colocado a filha na escola com 1 ano e 5 meses, ainda que anteriormente tenha ressaltado trabalhar apenas meio período e, ainda, possuir uma babá maravilhosa que já estava com ela há muitos anos. Esta mesma mãe, quando questionada se pensava ter mais filhos, levanta as mãos para o céu e diz em alto e bom som:"NÃO!!!EU QUERO É VIVER!!!" Depois remendou com um "Mas eu amo meus filhos!" e a conversa seguiu, neste rumo que revela que o mundo tem formado mulheres para serem tudo, exceto mães.

Quando sua verdadeira vocação é facilmente transformada em um fardo, quando aquela que deveria ser a sua maior prioridade transforma-se simplesmente em um item a ser cumprido no Check List da vida, percebe-se que estas mulheres não compreenderam a dádiva preciosa que herdaram e navegam em uma relatividade moral que as desviam de suas próprias consciências. Mulheres que vivem imersas em um mundo de futilidade e egocentrismo, que sentem falta do "precioso" tempo que desfrutavam assistindo pela milésima vez uma novela já reprisada no vale a pena ver de novo. 

É triste perceber que estas mulheres não alcançaram a grandeza que a maternidade encerra, tão pouco, toda a beleza que este amor traduz, um amor que impinge sacrifícios, mas que conduz à vida.

E é por isso que eu, hoje, grito a mesma frase desta mulher, só que em um outro contexto... Eu quero é viver este amor até o meu limite!!! Quero que cada dia mais ele me conduza pelos caminhos da verdade, aquela que nos liberta para sermos exatamente tudo aquilo para que fomos criadas.

A maternidade não é um caminho fácil, mas é O caminho. O caminho que conduz a mulher para a salvação, que faz brotar virtudes e crescer nelas, que expressa a grandeza de sua natureza ao dividir, com o próprio Deus, a responsabilidade pela criação e pela manutenção da vida. 




Um comentário:

  1. Belíssima reflexão, uma verdade profunda. É, realmente, muito triste, estamos vivendo tempos em que filho atrapalha, em que eles devem ser evitados e temidos. Quanta graça se perde com este pensamento.
    Amei o texto!

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